
Solange Straube Stecz e María Gladys Marquisio Cilintano
AUDIOVISUAL E EDUCAÇÃO - REDES LATINO AMERICANAS: CONEXÃO BRASIL/URUGUAI
A Rede KINO, criada em 2009, é voltada à formação de uma rede interpessoal e
interinstitucional, visa ampliar o debate e estabelecer relações e parcerias para consolidação
de práticas que tratam da importância do cinema e do audiovisual no campo da educação e da
cultura nas sociedades contemporâneas. A ideia da rede materializou-se em 8 de agosto de
2009, quando um grupo de professores, pesquisadores, produtores, estudantes e representantes
de organizações do âmbito do cinema e do audiovisual se reuniu na Faculdade de Educação
da UFMG, em Belo Horizonte, e criou a Rede Kino – Rede Latino-Americana de Educação,
Cinema e Audiovisual. Realiza encontros periódico sendo o principal deles o que se realiza
anualmente na Mostra de Cinema de Ouro Preto - CineOP. Aquele é um fórum fundamental
para o compartilhamento de saberes, divulgação de novos processos e métodos de trabalho e a
interlocução crescente da educação com o cinema e o audiovisual.
A Rede UNIAL foi criada a partir do interesse de um grupo de jovens liderados por Pablo
Ramos do Departamento de Pesquisa do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica
(ICAIC) de Cuba que no ano de 1986 convocou os convidados do 8º Festival Internacional do
Novo Cinema Latino Americano, em Havana, Cuba. Pesquisadores e cineastas do Brasil,
Argentina, Bolívia, Cuba e Peru a participaram da reunião e discutiram a ausência de filmes
nacionais voltados para a infância e adolescência, a indiferenças das autoridades e a ausência
de diálogo entre os meios de comunicação, a família e a escola, bem como o impacto do
cinema e televisão sobre crianças e adolescentes. Em 1991 cria-se a Red El Universo
Audiovisual del Niño Latinoamericano, Red UNIAL (O universo audiovisual da infância
latinoamericana – Rede UNIAL), concebida como a junção de esforços de pessoas e
instituições com o objetivo de desenvolver projetos de educação audiovisual cujos
fundamentos fossem o respeito à criatividade, à liberdade, à expressividade da criança e do
jovem e sua identificação com seus valores. A partir das reflexões produzidas em cada
encontro, os trabalhos da Rede com universidades e organizações internacionais se tornam
referência na promoção de políticas audiovisuais e de processos de comunicação participativa
e comunitária, incentivando e divulgando as ações protagônicas de crianças e jovens na
América Latina e Caribe. (Ramos e Torres, 2009).
No livro “El audiovisual y La Niñez”, Ramos destacava a importância do protagonismo das
crianças e adolescentes e de seu lugar de sujeitos de direitos e de entes atuantes.
“Asumir, en plenitud, la convicción de que ninõs y niñas tienen
derecho a tener derechos, tal y como establece La Convencíon de lós
Derechos Del Niño, nos debe hacer replantear nuestros seguros
hábitos y rutinas, nuestras prácticas consolidadas en el quehacer
comunicativo y educativo. El paso de objetos a sujetos de derechos,
esto es, de individuos receptivos a entes actuantes introduce junto al
para y el por, él con, él desde..., los niños y niñas. En su artículo 12, la
Convención propugna el derecho de todo niño y niña a la libertad de
expresiõn, lo que implica La liberdade de buscar, recibir y difundir
informaciones e ideas de todo tipo, sin consideración de fronteras, ya
durante o "tempo escolar". O do documento produzido pelo GT Cinema nas Escolas, pode
ser acessado em
Contribuições para o projeto de Resolução da Lei 13.006/2014.